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Sobre Empreender no país mais racista do mundo.

  • Foto do escritor: Agenda Janine
    Agenda Janine
  • 8 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura


A Piraporiando é 90% composta por mulheres e homens negros. Pessoas cis, trans e não binárias. E não foi por pressão social, por marketing ou porque está no hype. É assim desde 2013, quando comecei a trazer para os projetos pessoas que viviam, que experienciaram aquilo que eu estava contando em minhas histórias.


Desde 2013 quando a Piraporiando começou, nunca usei redes sociais para fazer o desabafo que faço agora.


É de enlouquecer empreender no país mais racista do mundo.


Já tivemos de tudo: Empresa já renomada, que copiou nosso conteúdo e vendeu sem nos creditar. Empresa que colocou nossos livros em plataforma digital sem autorização. A empresa que produziu nossos personagens vendeu e soubemos por meio de posts das famílias nas redes sociais.


Só neste primeiro semestre do ano, 2 das maiores empresas do país nos causaram danos graves. Uma foi extremamente e violentamente racista na condução conosco e simplesmente ignorou nossas tentativas de diálogo. Outra aprovou um projeto, nos mobilizamos para implementar e depois, suspendeu o projeto por que ''' estava sem tempo de redigir o contrato devido a sobrecarga de trabalho e mudanças na equipe.


E daí? Daí olho para nosso time e vejo como a gente brilha. Como a gente faz pra valer, sabe? Como a gente também erra, se estressa e ainda escolhe seguir. Daí é escola dizendo que tudo está melhor depois que chegamos. É pai dizendo que filho tá indo melhor na escola. Gestor público contando que os professores querem a gente no município. Criança que faz vídeo lendo os livros e brincando com os personagens.


Eu vou dizer o que disse semanas atrás para um dos Vice presidentes mais poderosos do Brasil.


O sistema sempre tentou calar pessoas como eu.

O sistema seguirá falhando miseravelmente em seu propósito

Eu sou nó na madeira.


Obs: Esse post vai me fazer perder muitos clientes. Há uma ideia romântica em torno do antirracismo. O antirracismo as vezes acaba quando começa a necessidade do branco abrir mão de seus privilégios. O sistema não é falho. O sistema é perfeito. Ele produz os resultados para os quais ele foi criado.


 
 
 

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©2022 por Janine Rodrigues

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