Janine Rodrigues no Bahia Conect
- janineelisrn9
- 17 de abr.
- 1 min de leitura
O Bahia Conect, organizado pelo Senac Bahia, com apoio do Sebrae e de empresas e industrias diversas, teve foco em inovação, futuro do trabalho, tecnologia, tudo isso voltado ao comércio.
Estes são temas essenciais ao crescimento de uma sociedade e, portanto, não podemos nos apartar das diferentes realidades sociais do Brasil. Desigualdade estas que provocam falta de perspectivas e de oportunidades, adoecimento e tantas outras perdas. ''E falar de desigualdade no Brasil é ser, constantemente, atravessado pelo tema racial. O Brasil ergue-se e sustenta-se em um modelo racista. Conhecer como chegamos até aqui, como politicas publicas foram fundamentais para alimentar o status quo do racismo e como nossa percepção do que é ou não é escolha está contaminada por este passado/recente é poder munir-se mais e melhor na luta antirracista.''
Esta foi a fala de Janine Rodrigues no evento, problematizando desde Francis Galton e Renato Kehl até os dias atuais onde, ''o adoecimento psíquico nem sempre visto' a olhos nus' está mais presente em nosso dia a dia do que pensamos. Afinal, como não pensar os impactos do processo de financiamento do embranquecimento do Brasil, fomentado, inclusive, por política públicas?''
O letramento racial, a educação antirracista, os modos das relações étnico-raciais não são meras '' agendas identitárias''. São, sobretudo, possibilidade de elaboração sobre um passado recente e devastador, diz Janine.
A psicanalista, escritora e educadora tem uma frase emblemática: o racismo se perpetua nas distrações. Ela diz que as superfícies do racismo nos fazem, muitas vezes, perder um tempo valoroso, deixando suas raízes, fortes e duradouras, ramificarem ainda mais.
O evento foi um sucesso! O público compartilhou no evento e nas redes a potência da palestra!
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